Leishmaniose canina

Leishmaniose Canina

A Leishmaniose Canina é uma doença parasitária infeciosa, causada pelo parasita Leishmania Infantum. É transmitida através da picada de um inseto chamado flebótomo, um tipo de mosquito do género Phlebotomus, com cerca de 2 a 3 milímetros, de aparência muito semelhante a outro tipo de mosquitos e com cores que variam consoante a espécie e o sexo, indo do amarelo ao castanho. Pode ser encontrada um pouco por todo o mundo e afeta cães de todas as idades, raças e tamanhos.

Em que regiões é mais comum?

É mais comum em regiões tropicais e subtropicais, especialmente em áreas rurais e periurbanas. Algumas das áreas mais afetadas pela leishmaniose canina incluem:

– A América Latina, nomeadamente no Brasil, Argentina, Colômbia, Venezuela, Peru e Equador;

– A região do Mediterrâneo, onde é endémica em vários países, incluindo Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia, sendo especialmente comum em áreas costeiras, onde o clima é mais quente e húmido;

– O Oriente Médio, em países como em Israel, Irão, Iraque, Síria e Arábia Saudita;

– A África, designadamente no Sudão, Etiópia, Quénia e Uganda.

– A Ásia, sobretudo na Índia.

Trata-se de uma doença grave e potencialmente fatal, contudo, nem todos os cães infetados apresentam sintomas. Quando estes ocorrem, podem incluir perda de peso, fraqueza, letargia, aumento dos gânglios linfáticos, feridas na pele, crescimento anormal das unhas e perda de pelo ao redor dos olhos e nas orelhas. Em casos mais avançados, esta doença inclusive pode afetar órgãos internos como fígado, baço e rins.

Tratando-se de uma zoonose, significa que pode ser transmitida de animais infetados para seres humanos. No entanto, esta transmissão ocorre apenas por meio da picada do flebótomo e não diretamente do cão para o ser humano. Afeta, sobretudo, seres humanos imunodeprimidos ou crianças, dada a imaturidade do seu sistema imunitário.

Maioritariamente sem sintomas ou apenas sintomas leves, esta doença pode tornar-se grave em pessoas com um quadro de comprometimento imunitário.

Sintomas em humanos 

Em seres humanos infetados, os sintomas desta doença podem variar, mas geralmente incluem febre, perda de peso, fraqueza, anemia e aumento do baço e fígado. A leishmaniose visceral, a forma mais grave desta doença, pode inclusivamente ser fatal, caso não seja tratada. Para os seres humanos, ainda não existe uma vacina para a prevenção da Leishmaniose. A prevenção da leishmaniose canina é, assim, essencial para proteger tanto os cães, como os seres humanos.

Tratamento em animais 

O tratamento de um animal infetado pode ser difícil e muitas vezes requer terapia combinada com medicamentos específicos, aliados a outro tipo de cuidados. No entanto, este tratamento não cura a doença na totalidade e muitos dos cães infetados acabam por desenvolver infeções crónicas, que podem ser difíceis de controlar. Além disso, é um tratamento que se pode tornar dispendioso e prolongado, com a desvantagem acrescida de nem todos os cães terem uma resposta positiva.

Tendo em conta também estes desafios e potenciais riscos do tratamento da leishmaniose canina, a prevenção é sempre a melhor estratégia para lidar com a doença. É importante estar ciente dos riscos que representa e tomar medidas preventivas para proteger tanto o seu cão, como a sua família. E esta prevenção não se limita apenas a medidas para evitar a picada do flebótomo. Também é de extrema importância manter o seu animal saudável e bem alimentado, fornecer água limpa e fresca e evitar o acúmulo de lixo ou detritos que possam atrair insetos, nomeadamente os responsáveis pela propagação da leishmaniose.

Métodos de prevenção contra a infeção

Existem vários métodos de prevenção contra esta infeção, tais como:

– A vacinação preventiva é, sem dúvida, a forma mais importante de prevenção. Embora a eficácia das vacinas possa ser variável, tendo em conta o animal vacinado, é de extrema importância na medida em que pode promover a redução da gravidade da sintomatologia da doença em cães infetados, bem como prevenir a infeção em cães não infetados. Ainda, feita de uma forma generalizada na população canina, pode ajudar a prevenir a disseminação da doença.

– Controle de vetor, que consiste em reduzir a incidência de uma determinada doença, controlando o vetor que a transmite, neste caso, o flebótomo responsável. Isto pode ser feito com recurso a inseticidas, repelentes, uso de redes em portas e janelas e medidas de higiene ambiental para reduzir a população de flebótomos.

– Exames veterinários frequentes, para que possam ser detetados quaisquer sinais de infeção, quer por leishmaniose, quer por outras doenças, em estágios iniciais.

– Proteção pessoal, através de algumas medidas para evitar a picada do flebótomo, como o uso de repelentes, roupas protetoras, redes mosquiteiras ou a eliminação de áreas onde os insetos se possam reproduzir, como recipientes que contenham água parada, por exemplo.

 – Controle populacional, nomeadamente através da esterilização. Esta medida preventiva pode ajudar a reduzir a incidência da doença, uma vez que cães não esterilizados são mais propensos a vaguear ou a envolver-se em comportamentos de risco que potenciam uma possível infeção.

 

Leishmaniose Canina

A vacina 

A vacina contra a leishmaniose canina é geralmente recomendada para cães com mais de 6 meses de idade. Antes de ser administrada, deve ser realizado um exame para verificar se o animal já foi infetado com o protozoário leishmania. Nos casos em que o teste seja positivo, a vacinação não é recomendada. É administrada em três doses, com intervalos de 21 a 30 dias entre cada uma delas. Após a terceira dose, é feito apenas um reforço anual para que a proteção se mantenha ativa. Tal como qualquer outra vacina, pode causar efeitos secundários em alguns cães. No entanto, é importante referir que a grande maioria dos animais vacinados não apresenta efeitos adversos significativos e a vacina é considerada segura.

Efeitos secundários

Os efeitos secundários mais comuns incluem dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção. Alguns cães também podem apresentar febre, letargia, falta de apetite, vómitos e diarreia. Estes sintomas são geralmente leves e transitórios, desaparecendo passados apenas um ou dois dias.

O que fazer se suspeita que o seu cão está infectado?

Resumidamente, a leishmaniose canina é uma doença grave e potencialmente fatal que afeta cães um pouco por todo o mundo. A prevenção é fundamental para proteger, tanto os animais, como os humanos.

Se suspeita que seu cão possa estar infetado com leishmaniose, é crucial consultar o seu Médico Veterinário rapidamente. Serão realizados testes de diagnóstico para confirmar a existência de infeção e posteriormente recomendado o plano de tratamento mais adequado. Caso o resultado seja positivo para leishmaniose, serão também aconselhadas as melhores medidas para proteger sua família e outros animais de companhia que vivam convosco.

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