As doenças respiratórias nos gatos são muito comuns, entre elas está o Calicivírus Felino, FCV. Esta patologia é muito frequente nos felpudinhos, contudo ainda é desvalorizada a grande maioria das vezes por apresentar sinais clínicos iniciais de uma gripe.
Esta infeção é altamente contagiosa e afeta principalmente o sistema respiratório superior, porém pode manifestar-se em outras partes do corpo.
Assim, o Calicivírus Felino pode ser transmitido por contato direto entre gatinhos infectados e saudáveis, através de secreções respiratórios e saliva.
Se é tutor de um felpudo acompanhe-nos neste artigo e descubra as principais características desta patologia, quais os sintomas e tratamento, de forma a tornar a vida do seu animal de companhia mais saudável!
Para compreender o vírus que afeta os seus patudos é necessário que perceba que existem dois vírus responsáveis por causar quadros gripais e um deles é o Calicivírus Felino. A grande maioria dos casos é tratável sem grandes complicações, contudo a gravidade aumenta exponencialmente no caso de filhotes ou gatos em fase geriátrica. Além disso, esta patologia pode tornar-se crónica e criar inúmeras sequelas.
Devido à sua natureza altamente contagiosa é necessário que a identificação da patologia e tratamento sejam rápidos. Assim, quanto mais tarde recorrer a ajuda especializada maior a probabilidade de os gatinhos sofrerem consequências graves.
Maioritariamente, o contágio, desenvolve-se em áreas onde coabitam vários indivíduos. Assim, locais como colónias, centros de acolhimento ou gatis, são lugares onde o Calicivírus Felino prolifera. Além disso, animais de companhia que não tenham sido vacinados são particularmente expostos a esta patologia.
Como referido anteriormente, os gatos com maior probabilidade de infeção por FCV, são os que convivem no mesmo ambiente. Ou seja, situações onde exista um grande número de animais de companhia tendem a ser mais propícios ao contágio. Contudo, existem alguns fatores que influenciam a contaminação por Calicivírus Felino. O verão é uma estação que contribui para o aumento da frequência de registo de infeção. Este facto ocorre porque nesta altura do ano a população de gatos rejuvenesce após o nascimento das ninhadas entre os meses de março e abril, este é o momento em que os gatinhos jovens perdem a imunidade passiva conferida pelas mães. Por outro lado, a idade é um fator determinante para o contágio. Animais de companhia com idade abaixo dos dois anos têm maior propensão de contrair a doença. Por fim, gatinhos de exterior, apresentam uma percentagem baixa de contágio por FCV.
O Calicivírus Felino é estritamente contagioso entre gatinhos, contudo não afeta humanos. Nesse sentido, não receie ser contagiado pelo FCV, caso o seu felpudo apresente sintomas. No entanto este vírus pode propagar-se pela casa, deste modo é essencial que limpe e higienize todos os espaços, garantido um ambiente seguro para o seu companheiro de quatro patas.
O quadro sintomatológico do FCV é semelhante ao de uma constipação regular. Na maioria das vezes o Calicivírus Felino afeta as vias respiratórias e os sintomas deste vírus ocorrem entre dois a dez dias após a infecção. Alguns dos sintomas que pode identificar passam por lágrimas excessivas, febre, congestionamento nasal, espirros e tosse. Além disso, pode ocorrer falta de apetite, conjuntivite, feridas na boca, diarreia e desconforto nas articulações.
Se o sistema imunitário, do animal de companhia, estiver muito fraco ou se não tratar devidamente o seu felpudo, a doença pode evoluir para pneumonia ou causar úlceras na córnea.
Por fim, as variantes mais agressivas deste vírus, como o calicivírus virulento sistémico, podem causar sintomas severos como hemorragias, icterícia e vasculite.
A propagação do FCV é muito perigosa e contagiosa. Este vírus pode proliferar por contato direto ou através de objetos e espaços que tenham sido utilizados por um indivíduo infetado, como por exemplo, caixas de areias, brinquedos, taças de alimentação, entre outros.
Além disso, esta patologia pode ser transmitida através de secreções, tais como, muco nasal, saliva ou lágrimas. Nesse sentido, este vírus é extremamente grave e resistente, sendo que é capaz de sobreviver em superfícies até um mês. Assim, é imprescíndivel organizar e limpar o seu lar recorrentemente.
A forma mais eficaz de combater a FCV é através da vacinação. Esta deve ser administrada em doses, às 9 e às 12 semanas após o nascimento dos gatinhos. Este processo medicamentoso pode não garantir que o felpudo fique infetado, contudo a probabilidade de ocorrer, bem como a gravidade, são menores.
Por outro lado, proteger o ambiente onde o seu gatinho convive é essencial. Além disso, afastar os gatinhos de animais desconhecidos, é outra forma de prevenir os contágios.
Atualmente não existe nenhum tipo de tratamento para deter este vírus, contudo existem alguns procedimentos que deve executar enquanto o gatinho luta contra a infeção.
A maioria dos felpudos pode recuperar em casa, porém gatinhos em estado grave podem necessitar de cuidados intensivos.
Assim, caso seja responsável por realizar o tratamento do seu gato em casa, é importante que mantenha o nariz e os olhos limpos, para este efeito podem ser utilizados sprays e gotas nasais. Por outro lado, devem ser administrados anti-inflamatórios para reduzir a febre e a dor na boca, tal como antibióticos para tratar a infeção.
As lesões superficiais da boca, podem levar o animal de companhia a perder o apetite. Contudo, no prazo de 2 a 3 dias o gatinho recupera e voltará a comer. De forma a contribuir para uma recuperação mais rápida do seu bichinho aplique uma pomada ocular para prevenir a irritação da córnea.
Por fim, não existe um tratamento específico para o Calicivírus Felino, sendo que a melhor proteção que pode oferecer é a prevenção através da vacinação, tanto em filhotes como em gatos adultos.
Ressalvamos que todos os medicamentos ou procedimentos de tratamento devem ser prescritos por um médico veterinário.
Em suma, o Calicivírus Felino é uma patologia extremamente contagiosa e perigosa para felpudinhos que não sejam vacinados. Assim, é crucial, que vacine o seu gatinho, mantenha os locais onde convive limpos para que o contágio não se desenvolva. Lembre-se gatinho feliz, casa feliz!