Alimentos tóxicos para os animais de companhia

Alimentos tóxicos

Os animais de companhia ocupam um lugar especial nos nossos corações, sendo considerados verdadeiros membros da família. Por isso, por vezes, pode tornar-se difícil resistir aos olhinhos que nos fazem quando estamos a comer algo. Partilhar, nestes casos, para além de pouco saudável pode ser perigoso. E, dependendo do alimento, poderá até mesmo ser fatal!
Cuidar também pode significar ter de dizer “não”.
Neste artigo, contamos-lhe os riscos associados à ingestão de alguns “alimentos humanos” pelos animais de companhia. Assim é mais provável que consiga resistir, da próxima vez que vir aquele focinho amoroso a pedir uma dentada do seu lanche!

Chocolate: Uma delícia para os humanos, um alimento tóxico para os animais

Tão apreciado pelos humanos, é um perigo mortal para os animais de companhia devido à presença da teobromina, um composto químico natural encontrado no cacau. A teobromina pertence à família das metilxantinas, onde se inclui também a cafeína, sendo responsável pelos efeitos estimulantes observados no chocolate.

A ameaça decorre do fato de que os animais de companhia, especialmente os cães, metabolizam a teobromina de forma mais lenta do que os seres humanos. Enquanto nós conseguimos processar e eliminar esse composto com relativa eficiência, nos animais esta metabolização ocorre de maneira mais prolongada. Isso significa que, após a ingestão de chocolate, a teobromina permanece por mais tempo no seu corpo, resultando numa maior toxicidade.

Os diferentes tipos de chocolate contêm quantidades variadas de teobromina. Quanto mais cacau, mais teobromina. Os efeitos da intoxicação incluem sintomas como hiperatividade, tremores, taquicardia, vómitos, diarreia e, em casos graves, convulsões e insuficiência cardíaca. Note-se que que a sensibilidade à teobromina varia entre as várias raças de cães, com animais menores geralmente sendo mais suscetíveis aos efeitos tóxicos.

A teobromina atua no sistema nervoso central e no sistema cardiovascular, inibindo a ação da adenosina, um neurotransmissor que regula a atividade cerebral e cardíaca. Como resultado da ingestão, ocorre uma estimulação excessiva do sistema nervoso. Além disso, a teobromina pode aumentar a liberação de catecolaminas, como a adrenalina, contribuindo para o aumento da frequência cardíaca.

A gravidade da intoxicação depende da quantidade de chocolate que foi ingerida, do tipo de chocolate e do peso do animal. Por exemplo, animais pequenos como cães de pequeno porte, são particularmente vulneráveis, mesmo a pequenas quantidades de chocolate. Além disso, o tempo entre a ingestão e a procura de tratamento também é crucial, já que a rápida intervenção pode melhorar significativamente as hipóteses de recuperação.

Diante deste cenário, é fundamental que os tutores estejam cientes dos riscos associados ao consumo de chocolate por parte dos seus animais de companhia. Medidas preventivas, como manter o chocolate fora do alcance dos animais ou educar sobre os perigos do consumo, são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos nossos amigos. Em casos de ingestão acidental, a procura imediata por orientação veterinária é imperativa para minimizar os riscos e prevenir complicações severas.

Uvas e Passas: Um perigo camuflado nos snacks

Enquanto uvas e passas são consideradas lanches saudáveis para os humanos, para os animais de companhia representam uma ameaça silenciosa. Mesmo em pequenas quantidades, estas frutas podem desencadear problemas renais em cães e gatos.
A intoxicação por uvas ou passas pode levar a insuficiência renal aguda, que é uma condição grave e potencialmente fatal. Os sintomas podem incluir vómitos, diarreia, letargia, falta de apetite e, em casos mais avançados, diminuição da produção de urina. A ingestão acidental destas frutas deve ser considerada uma emergência médica para os animais de companhia.

Cebola e Alho: Sabores comuns que não devem ser partilhados

Embora a cebola e o alho sejam ingredientes comuns na culinária portuguesa, são verdadeiros vilões para os animais de companhia. Estes vegetais contêm compostos sulfurados que podem levar a problemas gastrointestinais e, em casos mais sérios, causar anemia. Evitar preparar ou partilhar alimentos preparados com cebola e alho é essencial para manter a saúde a longo prazo dos nossos amigos peludos.

Xilitol: O adoçante que amarga a saúde dos animais

O xilitol, um adoçante encontrado em vários produtos de consumo humano, como doces ou pastilhas elásticas, pode ser extremamente tóxico para os animais de companhia. A ingestão acidental pode resultar em libertação excessiva de insulina, levando a uma queda perigosa nos níveis de glicose. Quaisquer rótulos devem ser cuidadosamente examinados, para garantir que os animais de companhia não tenham acesso a produtos que contenham xilitol.

Álcool: Os animais ficam de fora dos brindes

É comum brindar-se com bebidas alcoólicas. Contudo, o álcool é altamente tóxico para os animais de companhia, especialmente por causa do etanol presente nas bebidas alcoólicas. A ingestão acidental pode causar intoxicação, resultando em danos graves ao fígado e sistema nervoso. Manter as bebidas alcoólicas fora do alcance dos animais e estar atento a comportamentos anormais são medidas muito importantes para evitar complicações.

O que fazer em caso de ingestão acidental?

Apesar de todas as precauções, os acidentes podem acontecer. Se o seu animal de companhia ingerir algum destes alimentos tóxicos, é imperativo agir rapidamente.
O recomendado é que procure, no imediato, o seu Médico veterinário. Ao fazê-lo, deverá fornecer informações o mais detalhadas possível, acerca do alimento que foi ingerido e em que quantidade. Ainda, a indução do vómito não deve ser tentada sem orientação profissional, pois alguns alimentos tóxicos podem causar mais danos ao serem regurgitados.

A segurança alimentar dos animais de companhia requer uma vigilância constante por parte dos tutores. O conhecimento sobre os perigos associados a determinados alimentos, juntamente com medidas preventivas, é essencial para garantir a saúde e bem-estar. A conscientização pública desempenha um papel fulcral, garantindo que todos os tutores em compreendam os riscos e adotem práticas que protejam seus animais de companhia.
Apenas com cuidados contínuos e informação disponível, é possível assegurar que nossos amigos desfrutem de uma vida longa e saudável ao nosso lado!

Pêlo do cão

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